Preta Velha
Preta, minha preta velha
Mãe pretinha minha
Desce comigo às entranhas
dessa nossa existência.
Se graça faz
o meu medo do escuro
o meu medo assombroso
do escuro
apesar dos tantos anos...
Se velha sou
mas sigo soberba e pueril
a tudo julgar, a tudo querer...
E se a sabedoria sua,
mãe pretinha minha,
eu teimo em não acolher...
Desce comigo esse poço
que tá escuro
que tá gelado
que tá quente demais!
Juro, juro,
é só até eu me acostumar
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