Da existência
Um espantalho passou por mim ontem à tarde
e balançou minhas estribeiras.
Achou muita graça de mim,
que buscava a perfeição.
Achou graça do desprezo que eu tinha
pelas coisas precárias do mundo.
Gargalhadas de compaixão
e fui ficando pequena, pequenininha.
Cruzei a pista para não vê-lo.
Que audácia, esse espantalho!
Fazer graça de mim que a ninguém incomodo!
Sei que passei a noite todinha
sonhando com o danado,
que ria e se balançava,
todo palha que era.
Depois me pôs no colo
contou histórias de aventura
do tempo que o Brasil nem era Brasil.
Era velho o espantalho, sabia das coisas.
Brincamos de capitão, roda, amarelinha,
cantamos também e foi gostoso demais.
Quando acordei, e vi que era sonho,
voltei à ruela onde nos encontramos.
Faz horas que espero por ele
com saudade do ruidinho da sua risada
com vontade de brincar com o precário
e tornar tudo grande, e tornar tudo bonito.
Faz horas e ficarei até o fim do dia
ou até que ele venha...
até que ele venha.
e balançou minhas estribeiras.
Achou muita graça de mim,
que buscava a perfeição.
Achou graça do desprezo que eu tinha
pelas coisas precárias do mundo.
Gargalhadas de compaixão
e fui ficando pequena, pequenininha.
Cruzei a pista para não vê-lo.
Que audácia, esse espantalho!
Fazer graça de mim que a ninguém incomodo!
Sei que passei a noite todinha
sonhando com o danado,
que ria e se balançava,
todo palha que era.
Depois me pôs no colo
contou histórias de aventura
do tempo que o Brasil nem era Brasil.
Era velho o espantalho, sabia das coisas.
Brincamos de capitão, roda, amarelinha,
cantamos também e foi gostoso demais.
Quando acordei, e vi que era sonho,
voltei à ruela onde nos encontramos.
Faz horas que espero por ele
com saudade do ruidinho da sua risada
com vontade de brincar com o precário
e tornar tudo grande, e tornar tudo bonito.
Faz horas e ficarei até o fim do dia
ou até que ele venha...
até que ele venha.
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