"Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos" Manoel de Barros

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Poemeto infantil


Duas casinhas de pedra sem telhado.
Mataram o cachorro que estava com raiva.
Poderia ter sido eu, mas eu não sou cachorro.
Posso ser cachorra, mas cachorro não.
As casas estão na minha varanda
e formigas passeiam por elas
mas não entram.
Portas e janelas de palito de picolé
- quem me dera uma casa assim!
As portas não abrem
e eu não posso entrar
mesmo sendo do tamanho delas.
Meu coração é grande
e não cabe em qualquer lugar.
Cabe, sim, muita gente no meu coração.
Quando fico zangada, expulso todo mundo.
Tem gente que se chateia
e nunca mais quer entrar.
Coração amiudece e se molha todo.
Vixe Maria!
Cresce de novo pra festa recomeçar,
ô coraçãozinho meu!

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