Vida e Brutalidade
- Ei, moça, por favor, a senhora me ensina a viver?
Disse a menina que mora em meu peito meio aturdida com o avalanche de acontecimentos dos últimos anos.
Disse a menina que mora em meu peito meio aturdida com o avalanche de acontecimentos dos últimos anos.
- Brutalidade, moça, Brutalidade. Para todo canto que olho, é muita brutalidade. Mas quero viver até a última gota.
E a moça paralisou-se ante a estranheza daquele pedido.
(...)
E todos os fins de tarde desde aquele dia quem vai à praça da cidade nunca deixa de avistar uma mulher e uma menina, meio sujas, de mãos dadas, abordando as pessoas que passam.
- Brutalidade, meu Deus, é muita brutalidade que ninguém vê. Mas, por favor, nos ensina a viver, que ficamos com a vida até a última gota.
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