"Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos" Manoel de Barros

sexta-feira, março 21, 2008

Corpo de papel de seda


Eu me dissolvo em água
me derreto, me enxarco
e às vezes, só às vezes
é possível me enxugar
no pós temporal.
Nas outras, ai... nas outras
não tem peneira, nem filtro
não tem decantação
não tem ciência ou arte que dê jeito.
Eu me dissolvo em água
e não volto nunca mais.

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